terça-feira, 3 de junho de 2014

O que é estomatite?

Um monte de aftas doloridas, febre, falta de apetite... Saiba mais sobre essa inflamação bucal que perturba as crianças e tira o sono dos pais




Se amidalite acomete as amídalas e a tendinite, os tendões, a estomatite afeta o estômago, certo? Nada disso. A palavra estômato, que vem do grego, quer dizer boca. Ou seja, trata -se de uma inflamação da cavidade oral, provocada por vírus, e que se caracteriza pelo aparecimento de aftas, acompanhadas de dor, febre e muito desconforto. Não é à toa que as crianças ficam irritadas e com dificuldade de se alimentar. A má notícia é que o problema é bastante comum em idade escolar e, para desespero dos pais, não há muito a fazer, a não ser aliviar o incômodo. Felizmente, após uns 15 dias, as feridas desaparecem sem deixar marcas. A seguir, respondemos todas as suas dúvidas sobre essa virose.
O que provoca a estomatite?
Normalmente, o vírus responsável é o da herpes simples (HSV-1). Em menor incidência, os da família Coxsackie também podem causar estomatites. Ambos se aproveitam de momentos de baixa imunidade, provocados por uma gripe, por exemplo, para entrar em ação.
Quais são os principais sintomas e áreas afetadas?

Primeiro, a gengiva fica avermelhada e surgempequenas erupções arredondadas. No dia seguinte, aparecem bolhas que se rompem, dando origem a pequenas úlceras, semelhantes a aftas redondas e amareladas, que costumam ter até 5 milímetros. Elas se espalham por toda a boca – sobretudo na gengiva, mas também na língua e até no começo da faringe, próximo às amídalas. Os demais sintomas são febre alta e outros decorrentes da dor, como irritabilidade, falta de apetite e dor de cabeça. Em geral, isso dura de dez a 15 dias, mas o período mais crítico é entre o terceiro e o sétimo dia.
Em que períodos a estomatite é mais comum?
No outono e no inverno, os episódios são mais frequentes, por ser uma temporada de gripes e resfriados que torna o sistema imunológico mais vulnerável. Além disso, a circulação em ambientes fechados facilita a transmissão dos vírus, pela saliva contaminada ou contato com as lesões. A doença é mais comum na primeira infância e pode ocorrer a partir dos 6 meses, quando o bebê para de receber anticorpos da mãe pelo leite materno. A maior incidência se concentra entre 2 e 5 anos, período em que as crianças normalmente já vão à escola e vivem em contato próximo com os colegas.
Pode haver complicações?

É possível, mas não comum, ocorrer uma infecção secundária, devido à baixa da imunidade. Nesse caso, o tratamento requer antibióticos. Na maioria das vezes, a complicaçãomais grave é a desidratação, já que as feridas na boca fazem com que a criança tenha dificuldade em comer e beber.
Como proteger meu filho?

Não há providências totalmente eficazes. Lavar as mãos é sempre bom para evitar vários tipos de contaminação. Outra dica é manter os objetos levados à boca sempre higienizados, com sabão ou detergente – e nada de dividir talheres com os amigos. Prefira brinquedos de plástico, mais fáceis de limpar do que os de madeira, deixando-os imersos em uma solução de hipoclorito de sódio (água sanitária, na proporção de uma colher e meia de sobremesa para um litro de água), e enxaguando bem depois.
Que providência tomar se ele ficar doente?
Escola ou creche, nem pensar, pois pode contaminar outras crianças até que as lesões sequem, o que leva cerca de dez dias. O ideal é ficar em repouso, ingerir bastante líquido e alimentos pastosos frios, pouco ácidos e com o mínimo de tempero. Iogurte, sorvete, gelatina e suco de frutas não ácidas, como maçã e mamão, são boas opções.
Como fazer a higiene bucal?

A proliferação das aftas faz as crianças resistirem à escova de dente, que pode machucar. Assim, mau hálito e sangramentos na gengiva não são raros pela falta de escovação. Bochechos com clorexidina 0,12% ajudam a manter a boca limpa. Os pais podem, ainda, usar gazes embebidas em soro fisiológico para limpar os dentes com delicadeza.
Podem ser administrados analgésicos?

Sim, podem ser utilizados para aliviar os sintomas, assim como antitérmicos, se houver febre. O importante é procurar um médico, para que a dose e o tipo de remédio mais indicados sejam prescritos.
Há risco de recorrência?

Sim, pois o vírus continua no corpo, em estado latente, pela vida toda. Se o sistema imunológico ficar enfraquecido, ele pode voltar a se manifestar, só que com sintomas mais brandos. Ainda bem!

2 comentários:

  1. Muito bom seu post! esclareceu muito
    :)
    www.labelledeju.com

    ResponderExcluir
  2. Meu menino ja teve uma vez,que dó chorou a noite inteira
    beijossss

    ResponderExcluir